sexta-feira, 3 de abril de 2015

COLONDRIA DE CATIRA E FOLIA DE REIS


Data atual 30/07/1995 hora atual -10:14 —olha aqui, seu zaria: vamos parar com essas intimidades. Você não se enxerga? desde em quando te dei liberdades procê vim com essa prosa afiada, deatravessado: vê se para com isso, senão vou ser obrigado a te dizer uma verdades, poucas e boas, vou ter de te exemplar de relho, aí, você vai ficar com ar de quem comeu e não gostou. Vamos parar por aqui: enfia a viola no saco e desaparece, sai da minha frente, tou cansado d'ocê. Você é espelutiado de tudo. uns inclina nos olhos, outros na remela. Vigia só o grau dele. Mingueras, tutaméia, briga por coisica de nada. As folias, pela sua organização, denotava uma idéia escondida do embuste, do logro, impossível disfarçar a intenção velada. Como que podia ter a confiança de gente séria, um bando, colondria formada ao acaso, por sanfoneiros, violeiros, palhaços de circo de cavalinho: como que ia poder de confiar. Uma sociedade fechada, de moral religiosa, necessitando do controle dos chefes, através da igreja, mantida por eles, os coronéis caipiras, em doações e festas de barraquinha. todas, profissões vistas com desconfiança, por estimular a vadiagem, as custas do serviço, organizações bandoleiras pra ajuntar dinheiro e sair dançando dias e dias seguidos.