“Não há um futuro previsível para o qual se possa preparar algum país para enfrentar a globalização, que é um fenômeno recente”
. A tecnologia, em sua permanente criatividade, levou de roldão a estabilidade cíclica dos sistemas simbólicos (arquiteturas puramente ideológicas)” (Marshall McLuhan). Foi a estratificação do industrialismo que criou a necessidade do planejamento. O planejamento foi mais um instrumento de imobilização da vida (desestimulação da criatividade) do que fator de reequilibração permanente. Os planos tinham por objetivo evitar a invenção. Velhos conceitos, puramente ideológicos: livre mercado, estatais, liberalismo, perderam totalmente o sentido com o fim das ideologias e o fim da história. A palavra de ordem agora é “cooperação espontânea”. Como planejar um futuro, vivendo dentro das mudanças, que são verdadeiras mutações acontecendo e das quais não damos conta no tumulto das mudanças profundas? A atual crise vem demonstrando que os países não têm poder de ação relativamente às suas empresas transnacionais, cujos interesses se encontram mais fora de seus países de origem. Até países em desenvolvimento estão criando suas empresas Multiestatais (parece uma heresia): a Petrobrás, por exemplo.