quinta-feira, 18 de outubro de 2018

PEQUENO HISTÓRICO: SISTEMA ELETRICO, PETROBRAS E ETANOL


PEQUENO HISTÓRICO: SISTEMA ELETRICO, PETROBRAS E ETANOL Desde a criação da Petrobras nos idos de 50 – sob forte apelo nacionalista da campanha do “petróleo é nosso” – jamais imaginaríamos que o Brasil tivesse petróleo. No curto período de pouco mais de vinte anos implantamos – em cooperação com países industrializados – uma indústria automobilística exitosa sem ter petróleo, até sermos surpreendidos pelo primeiro choque em 1973, quando o preço do barril atingiu a marca de hoje: aproximadamente 70 dólares, que corresponde ao dobro do valor atual se considerar a desvalorização do dólar no período (2% em 35 anos ou 3% em 24). No mesmo período o país foi muito bem sucedido na implantação de um sistema elétrico quase perfeito, não fora a enorme dívida acumulada que levou a uma condição insustentável de comprometer mais de 50% das exportações, pela política dos juros altos imposta pelo governo Reagan. Não bastasse esse fato o país investiu pesado no programa do álcool, cujo acerto ficou definitivamente comprovado no final da década de 70. O país crescia a taxas surpreendentes de quase 14%, superando os “Tigres Asiáticos. Em seguida o Brasil entrou em uma fase de estagnação econômica com taxas de crescimento medíocre. Vieram os sucessivos planos heterodoxos que todos conhecem cujos detalhes não importa relatar aqui, nem seus autores. Somente após 94 o país conseguiu se firmar, depois de um processo de privatização de empresas do setor público que culminou com a extinção do monopólio e abertura do capital da Petrobras ao público, com ações em bolsa de valores, inclusive com participação de capital estrangeiro.