Dizia o velho na sua simplidade: Eu sou de lá do sertão, por isso mesmo, eu quase num tenho amigos, vou vivendo a esmo, eu quase não saio, vivo só nesse mundo de meu Deus.
O Homem, ele cresce em força e em sonhos, trilhando por um caminho de dor e de pedras: enfrenta o perigo e desafia a morte, pra depois, o tempo dele vencendo, virar num traste velho, sem serventia pra nada.
Tudo que a gente faz, ou que fez, foi o criador que pôs na nossa frente pra gente se entusiasmar e se afadigar. Eu mesmo, já fiz muita coisa, por querer deu mesmo, as veses por mando de outros, por industriação. No fim acaba chegando a conclusão que tanto faz como tanto fez, as coisas feitas por desperdicio de num ter o que fazer, que o mundo num gasta nenhuma energia preciosa. No fim, tudo é vaidade, nada mais que vaidade, com que dizia o Zé Louquinho: nada vale nada, a vida num vale uma cabaça dágua furada. A vida, se lerdiar, é só dor e sofrimento e acaba sempre com terra na cabeça do bicho. Falei, tá falado e tenho dito. Se lerdiar, num átimo, a vida vai pro beleléu.