terça-feira, 26 de junho de 2018

O asceta


Os zoios remelento, cutia e ranho pelo nariz, em bolhas semoventes, persistidas. Uma tosse denunciadora de muitos anos de bronquite. É quando chega o ânimo quais que esgotado, esperado, que gente sente os olhos embaciados, o olhar longe no vazio distante do infinito de tristeza, o sem assunto nenhum pra falar de nenhum nada: só cismando as coisas da vida inútil. Um gosto estranho pela vida dos santos e uma queda para a provação e a privação de tudo: o simples de num ter nada de seu: simples, simplório. Vida sem premios, sem nada pra se gabar. A mulher: só matris criadeira de rebentos descendentes, produtora. Uma escadinha de filhos, de todas as idades consecutivas, até dois no mesmo ano. Aprontaram um frégi danado, mas ninguem deu parte. levaram o povo pro xadrez e os animal pro curral de conselho. Só. Ele aproveitava da ocasião porque tem capa. Quem que é o capa dele. Você duvida? pois então ouça. Pois é o prefeito o capa dele. quantos crimes que ele cometeu na vida e passou encoberto? quantos num tem nas costas?um sujeito estrambólico, bem psicodélico. um fulano escalafobético, disacursuado da vida. Eles dois vivia encasquetados com a vida. Um, louco, a idéia dissolvida. O outro mais lúcido, mas sambanga. E num é que o sambanga viveu muito, acabando por assistir a morte do outro, dependurado do tronco de arve, por um cipó de embira?! ...coisas da vida. A vida acaba sem explicação plausível, a morte vindo de ser o remédio. O que num tem remédio, remediado está.