Fatos de pavoroso suceder, se de tudo verdadeiros como o povo contam, se deram de acontecer naquele triste 15 de Maio de 1932. Contados assim nesses claros de dia mais comum, uns vão desconjurar, nenhum ninguem vai poder de imagimar o triste que foi igual. Não eram dias próprios de tristeza nem azarados, senão que dias de festa e comemoração da padroeira. A família do Bié Romão tudo reunida para as festas de Reis e do Divino. Ocasião propícia pra fazer pamonha de milho temporão. As roças tudo embonecadas pra soltar pendão o capim gordura emborrachando pra soltar semente, promessa de muito namoro e casamento. Os bailes da roça. Os terços. As cavalhadas. Os preparativos para os dias de festança, a fazenda esperando a chegada dum mundão de gente.
Homens em cavalhadas de arreios reluzentes, machetados, os peitorais de argola, estribos, rabichos, baldranas pelegos e colchonilhos. As mulheres, se moças em ricas montarias completas seus cavalos educados. As velhas nos siliões, de atravessadas a meio animal. Todos de roupa de domingo. Alguns de carro de boi e charretes. os mais de perto de a pé, gente de colonia.