segunda-feira, 17 de setembro de 2018

"A caneta fulgurante de Antenor Pimenta"


. Aspicuelta Navarro. "Uma chorumela: latomia só, parecendo ladainha de reza. Coversa de lé: lé com lé, cré com cré, um sapato em cada pé. Hoje você está muito aventureira: faz carapuça e faz enxoval, mas e se o menino vier sem cabeça? tudo são castelos de papas. A mulher que evinha com a rodia na cabeça, uma duzia de ovos, se tanto, e fazia planos: vou por pra chocar, se vingar todos, são doze frangas, que porão depois de grandes, só numa semana são oitenta e quatro ovos: um despropósito. Esses vira frangas depois de chocados de novo. Já imaginou o despotismo de criação? Vendo os frangos e compro novilhas que viram vacas e dão cria de novas bezerras. —O Gaspalzinho vai beber leite bebido! —não! sou eu que bebo primeiro! Voces param de brigarem, senão ..., falou a mãe que ia abaixando, quando a vasilha entornou e a bilha dágua espatifou no chão duro: quebraram todos os ovos. Um lavarinto de criança na cabeça. Uma latomia. E as coisas evinha docemente de repente, seguindo uma harmonia previa benfazeja, com evoluções concordantes: as satisfações em antes da consciencia das necessidades. O que mingua pra uns, pra mim me sobeja.