O povo esperava alguma coisa de importancia, considerada o solene do momento. Um manto espesso de silencio, cobria aqueles momentos de espera. De repente, uma extemporaneidade:
-Meus concidadãos:..., a hora é grave.
Uma afirmação foras de hora pra um momento muito prosaico.
Alteou a vós, ao principio meio afônico, entr gutural e falsete, limpou rapidamente a garganta. A vó foi se impondo, ganhou confiança, prosseguiu emocionado com com as próprias palavras, quase engasgou com a própria saliva, tal o grau de emoção pura. Adquiriu um ar arrogante de estátua, a vós virando num falsete, praquilo que prometia um discurso prolongado de cerimônia:
-Aquiecí em fazer parte desta ilustre comitiva, por estrito senso do dever para com o bnosso imperador. Jamais poderia me furtar ao dever: a patria nos chama: No-la podemos olvidar nesta hora gravíssima, nem tampouco vo-la podeis decepcionar!
-Ques palavras bonitas! palavras machas, duma pessoa instruida!
O povo já esperando que evinha peroração da longas.
-Viva o Capitão Zé Vicente e o Capitão Vaduca. Viva ios heróis da Guerra do Paraguai! Retrucava o o Sô Pedro General, estimulado pela efervecencia do momento, querendo de esquentar os animos:
-O paiz espera que cada um cumpra seu dever,quem for brasileiro que me siga!
-Deo Gracias! Rezou o zéLouquinho.
O Sinésio retomou o discurso:
- Com a permissão aqui do nosso comandante em chefe supremo, grão mestre de cavalarianos, guarda mor de Meirinhos, o Senhor Adejalma, a quem rendo as minhas homenagens, representando sua alteza imperial, sinto-me no dever de proferir e deixar aqui consignado as minhas recomendações, para o bom andamento dos trabalhos; aquiescí de fazer parte de tão ilustre comitiva, pelo proppósito de levar avante ingente tarefa a bom termo, esta nossa gloriosa expedição. Fi-lo, por que qui-lo, por estrito senso do cumprimento do dever e submissão a sua alteza real, o imperador de todos os Brasís. Não se deixem nuncar seduzir pela prosa facil desses republicanos: eles são portadores de falsas ideologias. Vamos lutar a boa causa, a boa luta, com dedicação e denodo.
-O senhor José Louquinho fará aagora a leitura da ata, da ladainha e das orações de praxe. O Senhor Pedro General, vai expor aos senhores membros das cavaleiros da ordem terceira, os planos de nossa extratégia guerreira. Eia pois que vocês são ultimos representantes do poder imperial, não poderão se olvidar nunca de tão alta incumbencia, nem se deixar levar por ideologias alienigenas desses positivista e maçons. Não deixem intimidar guerreiros impávidos, colosso. Nesse intrim se adianta o sô Pedro general:
-É isso mesmo gentem: "O verdadeiro soldado jamais foge a luta, os que forem barasileiros que mesigam. Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que aceito a incumbencia. Adiante: marche! Direita: volver! descansar: armas!
Fez o silencio profundo, em sinal de respeito que o Zé Louquinho principiava a cantilena:
-Oremus:
Kyrie Eleison,... Cryste eleison!
Pater coelis Dei?...Miserere nobis!
Filis et spitituus Santus?...Miserere Nóbis!
Santa Maria, virgo mater Dei?...Ora Pro Nobis!
Santa virgo Virginei?...
Mater Purissimae?...
Virgo fidelis?...ora pro nobis!
Sedes Sapientiae?...miserere Nobis!
stela Matutina?...miserere Nobis!
Regina pacis?...Ora pro Nobis!
Agnus Dei qui tolis Pecata mundi?...Tende Piedade de nós!
Deo Gracias! Oremus:
"Salve Rainha, mãe da misericordia, esperança nossa, Salve!
A vós bradamos, os degredados filhos de Eva, a vós suspiramos, gemendo e chorando, neste vale de lagrimas; Eia pois advogada nossa,:esses olhos misericordiosos a nós volvei; e, depois desse desterro, mostrai-nos Jesus, bedito é o fruto do vosso ventre, ó clemente, ó piedosa, ó doce Virgem Maria: Rogai por nós, Santa Mãe de Deus: para que sejamos dignos das promessas de Crysto".
Fechou a Biblia surrada, calou-se profundamente em sinal de respeito pela gravidade da hora presente. Esperava a adimiração de todos.
-E viva o Antônio Conselheiro: nosso último monarquista. Viva o Padrinho Cícero Romão Baptista! O brasil e a coroa espera que cada um cumpra o seu dever. Retrucava o Sô Pedro General, cheio de orgulho fanático.
Loucos varridos, tomados de ideologias ultrapassadas.
-Fi-lo, fa-lo e escuto-lo! por profundo respeito às tradições imperiais. Jamais me poderia furtar ao cumprimento do dever e do chamado da patria monarquista! Neste momento solene, não poderia me olvidar do dever de atender ao chamado da patria amada imperial: Vamos com Deus e a liberdade, unidos com sua alteza o imperador de Portugal, Brasil e Algarves. Viva Dão Pedro II! é imperioso, que cada um de nós assuma a parte que lhe cabe nessa gloriosa expedição:
"...É quando se sente bater no peito a heróica pancada,...que o academico se sente no dever de deixar a pagina virada, para ir a luta...".
-Caros amigos de lutas inglórias: " O Homem deixa a vida pela luta, longos anos de trabalho. Quando chega a hora, que evem a morte incerta, é só terra na cabeça do bicho, e tenho dito!...". E completava funebre o Zé Louquinho:
- Agora, ou bem vai os dentes, ou vai o queixo: "Alea jacta est!...".