segunda-feira, 17 de setembro de 2018

amar a vida Margarida


Ali naquele ermo, aonde sabe la que Judas perdeu as botas, contava suas máguas da ocasião de amarrar cachorro com linguiça, tempo do zagaia de gancho. O velho chorava as pitangas do tempo do onça e aquilo nem num era vida de gente: vida de cão danado. Nos versos do poeta e cirurgião dentista, Beto Ornelas: Vida alheia vida feia vida cheia vida louca vida pouca vida toda vida tola vida a-toa vida boba vida porca vida torta vida morta vida amarga vida de farta vida parca amarga vida Magra vida mar de vida amar a vida Margarida