Ali naquele ermo, aonde sabe la que Judas perdeu as botas, contava suas máguas da
ocasião de amarrar cachorro com linguiça, tempo do zagaia de gancho. O velho chorava
as pitangas do tempo do onça e aquilo nem num era vida de gente: vida de cão danado.
Nos versos do poeta e cirurgião dentista, Beto Ornelas:
Vida alheia
vida feia
vida cheia
vida louca
vida pouca
vida toda
vida tola
vida a-toa
vida boba
vida porca
vida torta
vida morta
vida amarga
vida de farta
vida parca
amarga vida
Magra vida
mar de vida
amar a vida
Margarida