Inventava a maquina do tempo. Dirigia veiculos imaginarios. O Tonho do Dorico mandou eu fazer a conta dos balaios que cabe numa carreta cheia de milho. O sonho, ele é um pensamento separado, de outra parte da cabeça.
Tres horas dum domingo sonolento, o sol de rebentar mamono, a rua da corrutela vazia de vivalmas. O Jorge braite, na sua indumentaria antiquada, é que fazia discretamente o serviço da entrega daqueles envelopes de tarja preta, amunciando velórios. Convidava cortesmente, como manda o figurino e a ocasião, o povo pros funerais do coronel. No cemitério, dava pra escutar as moscas da barriga verde azulada, voejando as varejeiras pelas frestas do chão, um cheiro de sepulcro, odores estranhos. Nem um movimento, como sóe, só tilintar, das placas dos mortos indigentes, um ruido de silencios comovedores. Só o Redemunho, o povo recolhido as suas casas, entregue aos seus afazerezinhos diarios, do banal da vida de interior.
Aquele, um lugar de muito misterio, um descampado dum espigão pedregoso, atravessando por grandes salões de florestas encantadas, lugares cheios de dignidade e misterios.um cheiro de mato fresco dos restos sarapilheira do chão macio da floresta, coberta de musgos bromelias e gravatás. Da onça, não restava mais que sua dignidade de bicho fera, exposta ao povo, humilhada, amarrados seus pares de pés, conduzida por dois pinducas espertos, em ombros, o pau deatravessad, vergava ao peso de sua dignidade. Avaliavam tamanhos e pelos. Mediam e calculavam o couro, puchada pelos bigodes, ainda mostrava ferocidade pelas presas a mostra.
na hora de internar o Alziro se adiantou, conhecedor profundo dos assuntos burocráticos de manicômio, sussurando nos ouvidos do enfermeiro, as mãos em concha segredando:
-O louco pra internar é aquele magrinho no banco de trais, vê só a cara de triste do homem, deu pra inventar da cabeça dele, que todos estão loucos. Na certa vai dizer que o louco sou eu: não dá trela não, que é muito ladino, apesar de doido. Não dá confiança pras prosas dele não, que vai d9zer e jurar de pés juntos que sou eu o louco pra internar.