Aí se deu então de acontecer os primeiros sinais da perca do juizo,as falhas de lembrança, num recordava mais o lugar coisa e das contas, pagava duas veses, um delirio de repetição, os outros se aproveitando de sua fraqueza. Os esquecimentos bestas, principiou de ouvir voses interiores, dialogango consigo próprio, falando sozinho, murmurava. Aí desandou no primeiro acesso de delírio. Vendeu tudo uma verdadeira fortuna, garrou de queimar dinheiro e jogar fora.
Era um grandalhão estabanado, meio capenga, o corpo desgovernado: cabeça na frente, as pernas ficavam, como se outro corpo, depois embalava, num balangado esquisito. A linguagem cativante, mas não dizia coisa com coisa, muito placiana, aos gritos rompante, uma largueza exorbitada, espaçoso de tudo:
—Pança de angu, largato escadeirado. Boca de chupar ovo, testa de amolar machado. Naris de cheirar peido.
Chegada a hora de internar, vestiram a camisa das mangas longuís-simas, como quem veste pijama, as mangas dando voltas rodiando o corpo lhe parecia a ele de brinquedo. Ficava varrido tinha de imobilizar que até avançava de unhas e dente, investia que nem vaca braba. Que nem que o Bip, dirigia uma moto, vinha de longe manobrando, engantando as marchas direiti-nho, espumava o canto da boca, vermelho feito peru, do esforço em demasia.
Passou em muitas casas de louco apanhou medo de dar dó: Itapira Bar-bacena, Juqueri, Campinas. Voltava ficava bom por uns tempos retornava, Panhou medo de manicômio: uma triste lembrança do chá da meia noite, Pegou tambem mania de conhecer cidades, de viajado que era, tinha orgulho do conhecimento extenso.De todas a d cidades, respondia o nome prontamente, a visinhança, só que por malícia algumas omitia: