Exímio farsante, de quem só tenho ouvido impropérios. Coisas de doido, de pouco siso:
-Disso, pouco, posso dizer, tenho escutado. Ouço dizer, dessas grandezas, como se escuta, desses louvores de poções homeopáticas, mas pouco proveito tiro dos resultados.
Modesto de ares, pouco afeito a grandiloqüência, aos gestos largos, desprendidos, um homem de poucos dotes intelectuais, mas de oratória persuasiva, eletrizava, mesmo não dizendo coisa com coisa, apenas a vós embargada pela comoção do momento, empolada, de agudos tonitroantes e de baixos graves, soturnos, comoventes. Argue-se que atrabiliario, insigne intrépido.
Bebeu água da bilha, o bisca, o degas. Documento não tinha. Falaram que falaram, num diantou de nada: o remédio que teve foi mandar pro hospício. Contar, contou, fizeram de tudo, encrenca da grossa. Ficou mudo num canto cismando. Tudo num passa de mamparra, um jeito de esgueirar, escapulir, de desconversar, igual gato. Roçando, garatujo. Ficaram ali de mandriagem em colondria de vadiagem. Dizendo graça sem graça, um querendo de pegar o outro, nos jogos de puia. Escuta a fala dos bichos, as conversas, o colóquio dos bois segredado. Isso é coisa dele, do seu feitio, esbodegado.
A supremacia da idéia , personagens antigos( os loucos), discutindo assuntos, idéias modernas. Encontram o Robô moderno no manicômio e principia a farsa.